Ensino
Pós-Graduação
A Pós-Graduação “Estudos da Deficiência e Direitos Humanos” visa a preparação e capacitação dos profissionais técnicos do setor, licenciados que pretendam profissionalizar-se na área e dirigentes de organismos públicos, autarquias e instituições de solidariedade social, para a transição para um modelo que se foque na participação e nos direitos humanos das pessoas com deficiência.
O curso constitui-se como a primeira Pós-Graduação em Portugal acessível para pessoas surdas e com outras incapacidades, pretendendo-se com isso dar um sinal claro da lógica inclusiva do mesmo.
Estrutura curricular
O curso, que contempla 10 Unidades Curriculares, distribuídas por dois semestres, corporiza uma abordagem inovadora neste domínio, ao subordinar, de uma forma transversal e holística, todas as implicações e políticas públicas que impactam na área da deficiência, sob o primado do paradigma dos direitos humanos. No final do programa, aos estudantes que obtenham aproveitamento em todas as unidades curriculares é atribuído o Diploma de Estudos Pós-Graduados em Estudos da Deficiência e Direitos Humanos.
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Directores: Luís Capucha e José Nogueira
Mestrado
Encontra-se em fase de aprovação pela A3ES um mestrado em “Estudos da Deficiência e Direitos Humanos” que confere equivalência ao primeiro ano curricular aos estudantes que tenham concluído a Pós-Graduação e que pretendam transitar diretamente para o segundo ano do referido mestrado.
Neste caso, os alunos encontram-se isentos do pagamento da propina referente ao primeiro ano letivo do mestrado.
Os alunos com deficiência, elegíveis para bolsas de estudo para frequência do ensino superior ao abrigo do Despacho n.º 8584/2017, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, poderão, caso o entendam, apresentar a sua candidatura junto dos serviços do Iscte.
Investigação
“Kit Direitos Humanos” – Portugal Inovação Social
O “Kit Direitos Humanos” é um programa inovador, didático, socio-lúdico e multimodal, de promoção da educação para os direitos humanos das pessoas com deficiência, com maior enfoque na deficiência intelectual e autismo. A substância das atividades, dinâmicas e jogos que integrarão o Kit têm por base os princípios e o articulado da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU (…).
O Kit é uma ferramenta adaptada a diferentes faixas etárias, disponível para professores, educadores, dirigentes ou outros agentes educativos, mas igualmente para utilização da criança e jovem a nível individual ou em família. O Kit incorporará uma componente física/analógica (jogo de tabuleiro) e uma componente digital (plataforma online/moodle e uma app). Será igualmente desenhada uma versão em linguagem fácil por forma que os conteúdos possam ser trabalhados com crianças com deficiência intelectual e/ou neurodiversidade. As aplicações digitais garantirão igualmente acessibilidade a pessoas cegas e surdas. As crianças e jovens, com e sem deficiência, participarão também, de forma colaborativa, na conceção das atividades e dinâmicas que integram o Kit.
Avaliação do projeto – Em curso
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“Digitool” – Digital Inclusive Tool
O projeto visa capacitar professores (de turmas regulares e do ensino especial), para trabalhar com alunos com autismo, utilizando as TIC. O DiGiTool visa igualmente capacitar alunos com autismo para a utilização destas ferramentas de forma o mais autónoma possível. O “DiGiTool” propõe o desenho e experimentação piloto, em 3 países europeus (Portugal, Espanha e Itália) de uma nova abordagem TIC inclusiva no âmbito do autismo, a qual promova a comunicação, socialização e aprendizagem destes alunos potenciando o seu sucesso escolar. Para tal, o projeto irá formar até 60 profissionais na área da educação (até 20 por cada país) na utilização de uma panóplia de ferramentas TIC. Será ministrada formação em ferramentas TIC na área da comunicação, aprendizagem (em vários domínios), avaliação de conhecimentos, produção de conteúdos, organização e planeamento do tempo e do estudo, entre outras, que permitirão, por um lado, aos professores aprender a produzir conteúdos TIC inclusivos e implementar novas metodologias de ensino e avaliação e por outro, aos alunos com autismo dispor de conteúdos TIC adequados às suas características. O Projeto contará com a experiência e conhecimento do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Instituto Politécnico de Leiria, e da entidade Grega Intermediak, especialista em desenvolvimento de TIC inclusivas, as quais têm vido a produzir muito trabalho científico e técnico nesta área.
O Projeto assume como ambição última a produção de Kit Multi-recursos no âmbito das TIC inclusivas destinadas à aprendizagem de alunos com autismo, o qual ficará disponível para download gratuito e poderá, no final do projeto, ser traduzido para várias línguas e disseminado a nível europeu. Será apresentado a todas as federações nacionais de autismo e entidades formadoras de professores a nível europeu. Para além da formação em ferramentas TIC existentes, o Kit irá contemplar e conceber uma app inovadora na área da educação, inclusive.
Avaliação do projeto europeu – Em curso
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Modelo de Apoio à Vida Independente em Portugal
A equipa do CIES-Iscte, coordenada pelo Professor Luís Capucha, levou a efeito o estudo de avaliação intercalar do projeto piloto do Modelo de Apoio à Vida Independente em Portugal.
A abordagem teórica operacionaliza-se com recurso à “Teoria da Mudança (TdM)”. A avaliação em apreço teve por objetivo compreender de que forma o projeto piloto MAVI foi, até ao momento, gerador de mudança na comunidade, ao nível dos diferentes stakeholders (destinatários do apoio, famílias, instituições às quais os CAVI se encontram ligados, equipa técnica dos CAVI e assistentes pessoais), bem como ao nível dos serviços de administração (INR) e gestão financeira dos Programas POR e POISE. O Roteiro Metodológico baseou-se numa metodologia multimétodo, com recurso a técnicas de recolha de informação de natureza qualitativa e quantitativa. Foram aplicados inquéritos por questionários ao universo de destinatários, assistentes pessoais, equipas técnicas e dirigentes de IPSS detentoras de CAVI. De forma a complementar a recolha de dado foi solicitada informação administrativa aos coordenadores dos CAVI relativamente às pessoas que devido à sua incapacidade/tipo de limitação não conseguem de forma autónoma pronunciar-se. Importa referir, que um dos critérios estabelecidos pela equipa de avaliação aquando da aplicação do questionário aos destinatários, visou a não aceitação de respostas de terceiros (familiares ou outros). Isto é, pretendeu-se unicamente recolher dados na primeira pessoa, o que não significa a impossibilidade de conceder ajuda no processo de preenchimento, mas sim, a não aceitação de outros responderem pelo destinatário, como o caso de inquiridos com representante legal. Do universo de 869 pessoas, obteve-se 761 respostas de destinatários, o que equivalente a 88,1%, percentagem que seguramente será mais elevada considerando o número de pessoas que não têm capacidade para responder ao inquérito.
Avaliação intercalar – Concluída
Consulte o Sumário Executivo do Relatório final aqui.
Jovens mediadores para a inclusão
Este projeto Erasmus+, visa promover a participação de crianças/jovens com autismo em atividades desenvolvidas por diferentes estruturas regulares da comunidade, em igualdade de condições com seus pares, mediante o apoio dos “jovens mediadores para a inclusão”. Segundo os promotores, tal permitirá uma transformação progressiva dessas mesmas estruturas da comunidade, o que gerará um potencial efeito de mudança a médio/longo prazo.
O projeto tem como objetivos:
- conceber e testar em três países europeus uma metodologia piloto para incluir crianças/jovens com autismo em estruturas comunitárias regulares (clubes desportivos, associações culturais e recreativas, atividades promovidas pelos municípios, etc), através de acompanhamento técnico (mediadores de inclusão) e adaptações necessárias;
- formação dos “jovens mediadores para a inclusão” (agente facilitador que promove a inclusão em articulação com a família e os contextos);
- formação dos técnicos e outros quadros de todos os parceiros da comunidade envolvidos, de forma a garantir a plena participação as crianças/com autismo;
- conceber um guia europeu para a inclusão de crianças/jovens com autismo.
Para implementar este projeto inovador foi estabelecido um consórcio que inclui 4 associações europeias (Inovar Autismo (Portugal), Autismo Burgos (Espanha), Autism Europe (Bélgica) e Diversamente Onlus (Itália)), uma universidade portuguesa (Iscte) e uma entidade parceira especializada em novas tecnologias, Interactive media knowledge transfer intermediate (Grécia).
O Iscte assumiu a responsabilidade pela avaliação da realização e do impacto do projeto, não só, nos três países onde foi implementado, mas também na sua globalidade.
Avaliação do projeto europeu – Concluída
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Grupos de Trabalho
- Transições (para a creche, para a pré-escola, para a escola, para o emprego, para a velhice);
- Perfis sociais e políticas públicas (dos vários tipos de deficiências e as suas necessidades/políticas de proteção;
- Impactos da digitalização (nas transições, perfis e políticas);
- Desafios no ensino (desde o primeiro ciclo até ao ensino superior)